Na madrugada do último sábado (7), a Brigada Militar de Campo Bom prendeu quatro indivíduos após tiroteio nos bairros Solar do Campo e Firenze. Depois de alguns chamados de moradores assustados com os tiros, a BM compareceu ao local por volta das 4h30 da manhã, onde localizou os responsáveis e esteve envolvida em troca de tiros com os meliantes, que acabaram se entregando e foram conduzidos a Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA) de Novo Hamburgo.

Na tarde de domingo (8), o episódio voltou a ser tratado, mas no Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional de Porto Alegre, onde os quatro envolvidos foram submetidos a audiência de custódia por porte ilegal de arma de fogo e disparo das mesmas. Na análise dos fatos, a juíza Rosangela Maria Vieira da Silva, responsável pelo caso, concedeu liberdade provisória aos quatro homens, diante da primariedade de todos, de possuírem endereço fixo e atividade profissional lícita, além de não apresentarem, ao menos de forma primária, perigo a ordem pública.

Ainda em sua decisão final, a juíza define que os autores dos tiros contra os policiais deverão ser incluídos no sistema de monitoramento eletrônico, devendo permanecer recolhidos nos dias de folga e finais de semana, entre 20 e 7 horas do dia seguinte, em domícilio. A SUSEPE tem cinco dias para providenciar as tornozeleiras eletrônicas.

Comandante da Brigada Militar avalia o caso

Em contato com o comandante da 3ª Companhia da Brigada Militar de Campo Bom, o capitão Matheus Martins Lacerda, disse que respeita a decisão do Poder Judiciário, mas lamenta que indivíduos que atentaram contra a vida de quatro policiais militares, com armamento de calibre de alta velocidade e de uso restrito, já estejam nas ruas. “De qualquer forma, a Brigada Militar continuará colocando a própria vida em risco para cumprir com sua missão constitucional”, disse o comandante.