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Família busca corpo no DML para sepultar e descobre que familiar já havia sido sepultado por engano

Em nota, o equívoco foi admitido pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).



20/07/2022 20:36 por RBS TV e g1 RS

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Jorge Antonio Nascimento e Silva, 52 anos, foi enterrado com outra identidade no RS — Foto: Arquivo pessoal

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A unidade do Departamento Médico-Legal (DML) de Porto Alegre trocou a identificação de dois corpos na terça-feira (19) e uma família foi surpreendida ao descobrir que um familiar falecido havia sido sepultado por engano. Em nota, o equívoco foi admitido pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).

"O Departamento Médico-Legal está providenciando todo o andamento jurídico necessário para entregar o corpo aos familiares, o que deve acontecer até esta quarta-feira. A família está recebendo suporte e foi recebida pela direção do departamento, que manifesta profundo pesar pelo engano. Um procedimento interno vai ser instaurado para apurar responsabilidades, com possíveis penalizações".

O IGP também informou que já está em contato com a família da outra pessoa.

A pessoa sepultada com outra identidade é Jorge Antonio Nascimento e Silva, de 52 anos. Ele foi encontrado morto em casa, em Osório, no último domingo (17), pela filha. A suspeita era de que ele tenha morrido de causas naturais – situação constatada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Na ocasião, o corpo foi levado para o DML de Porto Alegre, pois não havia expediente na unidade em Osório.

Na terça-feira (19), por volta das 10h30, a família dele foi ao local devido à demora para liberação do corpo. A filha pediu para ver o pai, no entanto, foi questionada sobre se queria mesmo fazer isso apesar de Silva ter sido baleado no rosto, momento em que percebeu que havia algo errado. Foi então que viu que o corpo que estava no DML não era do pai. Em seguida, foi informada de que ele já havia sido enterrado – com outra identidade.

Os familiares ouviram de funcionários do DML que o erro aconteceu por conta de uma documentação errada. No entanto, mais tarde, a direção do local assumiu para a família que houve um equívoco.

"A família foi recebida ontem [terça-feira, 19] pelo diretor. Nós explicamos a situação, admitimos o erro, estamos correndo para resolver. Chamaremos novamente quando tivermos novidades, quando o corpo puder ser entregue", diz o IGP.

Até a manhã desta quarta-feira, a família não havia sido informada sobre o local em que Silva foi sepultado. Isso deve ocorrer ainda nesta quarta (20), segundo o IGP.

A família deve buscar, na Justiça, reparação pelo prejuízo emocional que está sofrendo.


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