Surto de raiva herbívora causa morte de 25 animais no Noroeste do Rio Grande do Sul
Surto de raiva herbívora causou as mortes de 24 bovinos e um equino no RS
18/10/2025 17:53 por Com informações do G1 RS

Foto: Wilson Hoffmeister Junior/Seapi

Um surto de raiva herbívora provocou a morte de 24 bovinos e um equino em uma propriedade rural localizada na comunidade de Rincão dos Antunes, em Eugênio de Castro, no Noroeste do Rio Grande do Sul.
As primeiras mortes ocorreram ainda em julho, e o diagnóstico foi confirmado na segunda-feira (13) pela **Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), após análises laboratoriais realizadas em Porto Alegre.
A raiva herbívora é uma doença viral de alta letalidade que acomete principalmente bovinos, equinos e ovinos. Por se tratar de uma **zoonose**, também pode ser transmitida aos seres humanos.
Segundo a fiscal estadual agropecuária Carina de Moura Fernandes, até o momento não há registro de novos animais com sintomas ou de outras mortes na região. Mesmo assim, equipes da Seapi realizaram vistoria em todas as propriedades com criação de animais domésticos num raio de 10 quilômetros a partir do foco.
A vacinação contra a doença **não é obrigatória**, mas é considerada **fundamental** para a prevenção de novos casos.
> “A raiva não tem cura, e seu controle depende da redução da população de morcegos hematófagos e da vacinação em massa dos rebanhos”, explicou Carina.
Durante a inspeção na propriedade onde ocorreu o surto, foi identificado um abrigo de morcegos-vampiros, principais transmissores do vírus. Conforme a Seapi, o período de incubação da raiva varia de 45 a 60 dias após a mordida, e os sintomas surgem pouco antes da morte — que costuma ocorrer entre cinco e sete dias após os primeiros sinais.
Entre os sintomas de alerta estão *salivação intensa, dificuldade para se alimentar, beber água ou se levantar, além de movimentos descoordenados.
A orientação é para que produtores rurais notifiquem imediatamente as inspetorias veterinárias locais diante de qualquer suspeita ou ocorrência de ataques de morcegos aos animais.
A Seapi reforça que a imunização preventiva e o monitoramento constante são as medidas mais eficazes para evitar novos surtos e proteger tanto os rebanhos quanto a saúde pública.
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